A comunicação do pregador

Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; e, abrindo a boca, os ensinava… (Mateus 5:1,2).

Quem é melhor exemplo de comunicador do que Jesus Cristo?

A comunicação faz parte da homilética, que por sua vez é a arte de pregar, ela visa formatar a mensagem para que chegue da melhor forma possível ao ouvinte contribuindo com o objetivo máximo da pregação.

Para ser um bom pregador, é preciso ser um bom comunicador. Há pessoas, que foram treinadas na comunicação desde cedo, devido o ambiente familiar em que vivem, e por isso, são confundidas com bons pregadores.

E isso revela o quão forte é o poder da comunicação. Que pode fazer de uma pessoa sem exegese, sem hermenêutica, sem teologia, ser taxada de bom pregador.

Mas a comunicação caminha em cima de uma linha tríplice, o emissor, o canal e o receptor.

Tudo que atrapalha a mensagem antes mesmo de sair da boca do pregador faz parte da comunicação e é um problema no emissor. Como por exemplo, usar indumentária inadequada ao ambiente, dessa forma, o pregador comunica que não respeita o local de culto.

A indumentária do pregador deve ser adequada ao ambiente de culto respeitando a ética e a doutrina da igreja. E de preferência, as roupas do orador devem ser discretas, não chamativas, nem extravagantes, para que o foco dos ouvintes seja tão somente a mensagem.

Tudo que atrapalha a mensagem durante a fala do pregador faz parte da comunicação e é problema no canal, isto é, o meio de comunicação. Como por exemplo, uma voz irritante, alta demais, grave demais, aguda demais, por si só comunica uma mensagem chata.

O pregador precisa se medir, saber e entender como é sua própria voz. Para então dosá-la da melhor forma possível durante sua ministração. Saber equilibrar a altura da voz afastando ou aproximando o microfone é um ótimo começo. Além de, falar suavemente nas explicações, e exaltar a voz somente nas aplicações.

Tudo que atrapalha a mensagem nos ouvidos do ouvinte faz parte da comunicação e é problema para o receptor. Como por exemplo, o português inadequado, informal, exagerado tal qual o excesso de gerúndio muito comum nos dias de hoje “vamos estar lendo a bíblia”, “vamos estar orando” entre outros exemplos, quando o correto é: Vamos ler a bíblia, vamos orar.

Ou até mesmo a repetição das mesmas palavras para qualquer explicação. Palavras como “aja vista” ou “todavia” ou “é bem verdade”, essas frases já estão saturadas nos nossos ouvidos, e chega ser cansativo, além de fazer parecer que a mensagem é igual á de outro pregador qualquer.

Olhemos para Jesus. Ele começa o seu mais importante sermão com originalidade. Afinal, onde no antigo testamento alguém ministrou coisa parecida com o sermão da montanha?

Jesus também comunica a mensagem com musicalidade, usando o refrão “bem aventurados” em cada tópico.

Ele comunica primeiro os tópicos da sua ministração, para depois aplicar um por um no restante da mensagem. Ele usa de recursos para ilustrar sua comunicação, e no seu tempo, o principal recurso eram as parábolas.

Hoje, os recursos são vários, sendo o power point o principal recurso visual desse tempo para acompanhar a pregação, ou o estudo bíblico.

Para ser um bom pregador, você deve empenhar-se para ser um bom comunicador. Garantindo que, a mensagem não tenha quaisquer problemas no emissor, nem no canal, muito menos no receptor. Aprenda tudo sobre pregação no Clube de Pregadores, uma escola de capacitação para pastores que pregam, ganham e cuidam de almas.