E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão! (Atos 26:28).
Essa declaração do rei Agripa é uma forte evidência da eloquência que o apóstolo Paulo possuía em seus discursos, ainda que, para sua própria defesa não deixando de inserir o evangelho acima de tudo.
E esta é uma habilidade incrível. Somente alguém muito eloquente poderia executar com maestria um discurso público se defendendo e pregando o evangelho ao mesmo tempo em um tribunal, ainda que estando algemado e abatido como Paulo estava.
Essa eloquência pode ser sentida em suas cartas por aqueles que meditam com coração aberto. A carta mais forte do apóstolo Paulo em que é possível ver todo o poder da sua eloquência é a carta á Filemom.
Mas afinal, o que é eloquência?
A definição etimológica dessa palavra é suficiente definida no site Wikipédia, onde diz:
“Eloquência (do original em latim: eloquentia) é, na oratória e redação, a forma de falar ou escrever fluente, preciso, elegante e persuasivo. Passa-se, com a eloquência, a compreensão de grandes emoções com uma linguagem marcante, mas adequada”.
Para resumir a definição etimológica e posicionar uma definição simples, podemos dizer que eloquência é a arte de comover pela palavra falada ou escrita. E sabendo isso, lembre-se do quão comovente é a carta de Paulo á Filemom, e de como o rei Agripa confessa que quase foi comovido, convencido, persuadido á se tornar cristão.
Qual a origem de eloquência?
A eloquência surgiu na Grécia antiga por volta de 465 a.C. E após 100 anos se tornou popular pelos sofistas, professores itinerantes que ensinavam retórica. Mas foi com Aristóteles (384 a.C – 322 a.C) que a eloquência se tornou necessária, útil, importante e uma exigência para qualquer orador.
Estudiosos concordam que Paulo fez um curso de oratória, pois esses cursos já eram populares e muito procurados desde a infância de Paulo. E a cidade de Tarso é conhecida pelos seus filósofos, e por um tempo ficou á frente da própria Atenas em nível de qualidade de oradores e filósofos. E Paulo sendo de família rica, certamente não ficou de fora da moda de sua época.
Qual a importância da eloquência?
Diferente dos sofistas que usavam de forma leviana para convencer seus ouvintes, a eloquência deve ser usada para transmitir a verdade do seu discurso. Porque os oradores são diferentes.
A comunicação verbal possui 3 características que são: Entonação, expressão corporal e voz. Também chamadas de tripé da comunicação verbal.
Desses 3, o mais fraco é a voz. Porque o que importa na comunicação verbal é o sentimento do orador que pode ser transmitido pela expressão corporal e pela entonação. Por exemplo;
Uma pessoa pode recitar um salmo inteiro da bíblia (e sabemos que a bíblia é a verdade), porém, se não houver entonação e expressão corporal, apenas uma recitação comum, logo a maior parte dos ouvintes tende a não acreditar naquelas palavras.
Por outro lado, uma mentira bem contada, com entonação e expressão corporal fortes, pode ser recebida pelos ouvintes como verdade. E esse truque pode ser visto muito em candidatos políticos, por mais que tenhamos vídeos deles falando o contrário no passado, e provando que seus discursos atuais são mentiras, ainda assim, eles discursam como autores da verdade.
Por isso, a eloquência é muito poderosa. E fundamental para pregadores que estão do lado da verdade, que pregam a verdade, e não podem correr o risco de que a palavra de Deus seja recebida como se fosse mentira por causa de uma oratória pobre.
E o aprendizado da eloquência começa pelas técnicas da oratória que por sua vez, começa com a superação do medo de falar em público. Aprenda isso e muito mais no Clube de Pregadores.
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